GESNERIACEAE

Besleria melancholica (Vell.) C.V.Morton

Como citar:

Marta Moraes; Rodrigo Amaro. 2017. Besleria melancholica (GESNERIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

14.356,101 Km2

AOO:

164,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Endêmica do estado do Rio de Janeiro (BFG, 2015). No município do Rio de Janeiro, foi coletada na Floresta da Tijuca (T.C. Pires 5), incluindo o Parque Nacional da Tijuca (L.C. Pinagé 10). Coletada no município de Guapimirim, na Estação Ecológica Estadual de Paraíso (S.V.A. Pessoa 574). Coletada no município de Nova Friburgo (P. Rosa 717), Nova Iguaçu (L. Sylvestre 979). Coletada no município de Teresópolis, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (A.P. Duarte 1605). Ocorre também no município de Angra dos Reis (R. Tsuji 1936), em Macaé, onde foi coletada na região do Sana, na RPPN (M.G. Bovini 2250), em Santa Maria Madalena (M. Nadruz 2725) e em Silva Jardim (G. Martinelli 8503).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2017
Avaliador: Marta Moraes
Revisor: Rodrigo Amaro
Critério: B1ab(iii)+2ab(iii)
Categoria: VU
Justificativa:

Arbusto endêmico do estado do Rio de Janeiro, ocorrendo em Floresta Ombrófila na Mata Atlântica (BFG, 2015), com EOO=12540 km², AOO=156 km², e dez situações de ameaça. Embora sendo encontrada em Unidades de Conservação, suspeita-se que haja declínio contínuo na qualidade do hábitat da espécie. O Parque Nacional da Tijuca, onde a espécie é melhor representada, apresenta informações de ocorrência de incêndios no interior e arredores da unidade (Soares, 2008) que, aliados aos deslizamentos de terra, às construções irregulares e ao aumento das atividades do turismo, provocam sua degradação. O mesmo vem acontecendo com o Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Último avistamento: 2016
Quantidade de locations: 10
Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Contr. U.S. Natl. Herb. 26: 446. 1939

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: Segundo registro de coleta, a espécie possui valor ornamental (E.R. Salviani et al. 1160).

Ecologia:

Substrato: terrestrial, rupicolous
Forma de vida: bush, subshrub
Luminosidade: esciophytic
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1 Forest
Detalhes: Arbusto, terrícola, de ocorrência em Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila (BFG, 2015). Seus registros de coleta indicam se tratar de um arbusto/subarbusto com altura entre 1 e 3 m. (H.C. de Lima 1548; R.C. Forzza 2419), erva ciófila (M.G. Bovini 2250), heliófila (G. Martinelli 10293). A espécie parece ser bastante frequente em barrancos (M. Gomes 270), encontrada apresentando também hábito rupícola (D. Sucre 3564).
Referências:
  1. BFG (The Brazil Flora Group), 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4):1085–1113. doi: 10.1590/2175-7860201566411

Reprodução:

Detalhes: Coletada com flores nos meses de janeiro (L.C. Laels 25), fevereiro (G. Martinelli 9058), março (A.L. Peixoto 71), abril (F.B. Pereira 27/90), maio (A. Chautems 240), junho (D. Sucre 3200), julho (C.M. Vieira 222), agosto (M. Moraes 127), setembro (C.L.F. Ichaso 115), outubro (D.S.D. Araújo 512), novembro (M.G. Bovini 225) e dezembro (G. Martinelli 10603). Coletada com frutos nos meses de janeiro (J.M.A. Braga et al. 935), fevereiro (C.M. Vieira 164), junho (D. Sucre 3200), agosto (R.C. Forzza 2419) e novembro (L. Sylvestre 668).
Fenologia: flowering (Jan~Dec), fruiting (Jan~Fev), fruiting (Jun~Jun), flowering (Aug~Aug), flowering (Nov~Nov)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1 Species mortality 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity locality,habitat,occupancy,occurrence,mature individuals past,present,future local very high
O Plano de Manejo do Parque Nacional da Tijuca apresenta informações de ocorrência de incêndios no interior e arredores da unidade (Soares, 2008).
Referências:
  1. Soares, R.C.R. de S., 2008. Plano de Manejo do Parque Nacional da Tijuca.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 1.3 Tourism & recreation areas occurrence,habitat past,present,future local medium
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos é um dos principais roteiros turísticos da região, e nem sempre é realizado de maneira respeitosa à natureza (Castro, 2008).
Referências:
  1. Castro, E.B.V. de. 2008. Plano de manejo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Brasília, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Portaria ICMBio. Brasil.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1 Species mortality 7.1.1 Increase in fire frequency/intensity locality,habitat,occupancy,occurrence,mature individuals past,present,future regional very high
O aumento da frequência de incêndios na Serra dos Órgãos representa uma ameaça preocupante à espécie (IBAMA, 2014; ICMBio, 2014).
Referências:
  1. IBAMA, 2014. Ibama combate incêndio no Parque Nacional Serra dos Órgãos. Disponível em <http://www.ibama.gov.br/publicadas/ibama-combate-incendio-no-parque-nacional-serra-dos-orgaos>.
  2. ICMBio, 2014. ICMBio e Ibama trabalham para conter incêndio na Serra dos Órgãos. Meio Ambiente. Disponível em < http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/10/icmbio-e-ibama-trabalham-para-conter-incendio-na-serra-dos-orgaos>.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1 Land/water protection on going
Encontrada no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (A.P. Duarte 1605), no Parque Nacional da Tijuca (L.C. Pinagé 10), na Estação Ecológica Estadual de Paraíso (S.V.A. Pessoa 574) e, aparentemente na RPPN Barra do Sana (M.G. Bovini 2250).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
13. Pets/display animals, horticulture natural whole plant
Segundo registro de coleta, a espécie possui valor ornamental (E.R. Salviani et al. 1160).